quarta-feira, 20 de abril de 2011

Creaturas Freaktais

Dambri Stapuf Cloqven


Há varias verdades universais por aí, uma delas é a de que para se caminhar dentro de um caminho mágicko, ou pela via do autoconhecimento, basta que tenhamos cada qual a si mesmo, boa vontade e o desejo sincero de se obter qualquer coisa. Isso significa que você pode fazer qualquer coisa sozinho. Certo? Quando nós estamos tratando de um grupo de trabalho magicko, estamos então tratando de guiar o caminho sozinho, mas compartilhando com um grupo, ou seja, nos expressando diante de outros olhos. Assim você deixa de se virar sozinho, para então poder obter respostas entre outras idéias criativas, partilhando da experiência de outra pessoa.

A verdade é que cada um de nós temos o nosso próprio paradigma e exceto que estejamos abertos e dispostos a olhar o mundo ao redor, bem como as experiências alheias, é que podemos modificar e abrirmos ainda mais o leque de possibilidades. Quando ficamos reclusos em nossas próprias experiências o que pode ocorrer muito facilmente é permanecermos fechados e inalterados, devido à repetição de nossos próprios pensamentos e paradigmas, sem com isso termos contato com algo relativamente novo, ficamos presos a nossa cadeia habitual de pensamentos. Pensar como pensamos todos os dias é simplesmente um hábito. Estamos condicionados a pensar sempre o que pensamos. Já pensou nisso?

Particularmente, em prol de quebrar a cadeia habitual de pensamentos e também de práticas, foi que eu decidi juntar pessoas interessadas para realizarmos algumas práticas em conjunto. E por que eu inventei de fazer isso? Primeiro porque eu senti a necessidade de trabalhar conjuntamente novamente, gosto dessa idéia mais social. Segundo porque como eu já disse acima, existe um condicionamento, o modo como eu faço magia ou como busco respostas ou mesmo como experimento o mundo está fechado naquilo que eu venho praticando há algum tempo. Para quebrar a prisão do condicionamento, eu decidi uma nova experiência, que é me abrir para vivenciar paradigmas e experiências alheias. Se o que eu penso ser a realidade é apenas uma descrição que eu repito para mim mesma diariamente, então se eu posso abrir o leque para experimentar a descrição de outra pessoa, isso significa que uma quebra no ego pode ser facilmente alcançada quando experimento o mundo ou ao menos novas formas práticas de magia pelo “olhar” de outra pessoa. Mas essa é minha forma em geral de ver as coisas nesse momento (que pode não ser mais a mesma amanhã) e que não quer dizer que falo por todas as pessoas que estão atualmente no grupo.

O Creaturas Freaktais está longe de ser uma escola de magia, muito pelo contrário, ninguém está aqui disposto a ensinar nada, mas sim em criar novos modos para se fazer magia, criar novas experiências, trabalhar conjuntamente para objetivos comuns e efetuar treinamentos conjuntos em algumas técnicas de magia e em técnicas que nada têm a ver com magia. Estamos atualmente em oito pessoas no grupo e fazendo um trabalho primário de entrosamento. Alguns de nós somos membros de ordens distintas, mas não estamos de maneira alguma levando qualquer trabalho focado em qualquer egrégora que seja, exceto a que estamos nos propondo criar. Outros membros sequer acreditam em magia, mas amam a psiconáutica e por isso estão lá e creio que todos vêm agregar. Dessa forma venho hoje fazer um convite para aqueles que também querem participar e experimentar coisas relativamente novas ou simplesmente participar de métodos entusiásticos de fazer magia ou qualquer coisa que o valha.

Abaixo deixo a proposta do Creaturas Freaktais e link para cadastro na lista para aqueles que se interessarem em participar.

Qual o propósito do grupo?

Nosso propósito como grupo é a execução de treinamento e tarefas magicko-psíquicas propondo um maior desenvolvimento magicko e também o autoconhecimento. Encontrar-se, seja o que isso possa representar para cada membro individualmente, poderia definir nosso propósito. Treinar-se magickamente ou mesmo encontrar-se, ou obter iluminação sobre si mesmo, pode sim ser uma tarefa realizada individualmente, mas o grupo em si pode ser um elemento motivador.

Essencialmente a idéia inicial do grupo é a prática, seja de um ritual, um treinamento magicko, exercícios para autoconhecimento, psicologia, enteogenia ou tudo o que se cabe dentro da idéia de psiconáutica, ou do descobrimento da mente e de habilidades psíquicas latentes. Ainda que sendo um grupo voltado à prática, há também um desejo profundo no âmbito das discussões e socialização. Não que isso seja de estrita importância, mas é desejável que vínculos de amizade e confiança sejam alcançados no decorrer do nosso trabalho.

Resumidamente o propósito do grupo é o treinamento magicko e a expansão da consciência.

Mas como se dará esse treinamento?

Contamos nesse exato momento e início com nove pessoas, entre elas magistas do caos, psicólogos, malucos, desocupados e afins. Não há a idéia de um líder fixo, mas a idéia de liderança fará parte no grupo. O líder sempre será a pessoa que apresenta seu trabalho para o grupo, seja um ritual, uma tarefa de autoconhecimento como uma viagem dentro de si mesmo, ou qualquer coisa interessante e que venha a acrescentar ao grupo no nível de desenvolvimento ou de novas experiências. Lembrando que devemos todos estar abertos para efetuar tal trabalho. O “líder” deverá estar apto a não tomar uma postura impositiva e também deve estar aberto para efetuar modificações em seu trabalho, de acordo com as sugestões fornecidas pelo grupo.  Todos do grupo estão convidados a apresentar um trabalho que seja realizado por todo o grupo, a pessoa que apresenta o trabalho deverá no momento da apresentação ser encarado como o líder do grupo, ele será responsável por explicar eventuais dúvidas e acompanhar o trabalho de todos os outros membros que estarão reportando partes ou todo o seu diário magicko no que se refere à prática, enquanto estiver realizando o trabalho proposto, compartilhar as experiências e eventuais resultados é de extrema importância para efetuar considerações posteriores. O grupo pode avaliar o sucesso desse objetivo em termos de desempenho de cada participante do ritual ou trabalho, e, a eficácia do trabalho tanto em termos de execução quanto de efeito. 

Nível de cada participante

Acho que isso também deve ser explicado num primeiro momento. A idéia inicial não é de fazer um grupo estritamente caótico ou de procurar por membros desenvolvidos na área da magia do caos, por exemplo. Ou seja, todos são convidados para participarem do grupo, desde que tais pessoas estejam pré-dispostas a praticar magia ou qualquer outra atividade no âmbito da mente. Isso gera algumas necessidades no grupo, se tratando de um grupo misto, com pessoas com interesses diferentes, ou que estão em níveis diferentes de conhecimento. Então alguns pré-requisitos são requeridos para um melhor desenvolvimento do grupo:

1 – Mente aberta –  nosso grupo será formado por diversos tipos de pessoas, com diversos tipos de crenças, ou a falta delas, por isso é estritamente necessário que quando estiver se tratando do envolvimento com o grupo, as pessoas estejam o mais abertas possíveis para deixar o ego de lado e abrir-se para considerar uma possível crença ou paradigma como possível, apesar de distinto daquilo com o que se está acostumado. (tudo sempre é uma questão de condicionamento).

2 – Nenhum membro deve ser ridicularizado ou inferiorizado por não saber de algum tipo de assunto proposto ou não compartilhar do mesmo pensamento que outro membro – por exemplo, um wiccaniano pode não entender nada a respeito de sigilos, ou uma pessoa com uma base de idéias freudianas pode não se sentir muito animado com idéias junguianas, etc.

3 – Quebra do ego – Todos devem estar propensos a fazer coisas absolutamente novas, dispostos o suficiente para trabalhar dentro do paradigma de outra pessoa ainda que esse não seja o seu próprio paradigma.

4 – Socialização, Sociedade e Fraternidade – normalmente as pessoas que gostam de trabalhar em grupo não estão interessados em praticar ou filosofar sozinhos, quando uma pessoa procura um grupo normalmente ela procura algo a mais que isso. Identificação, amizade, compartilhamento, desenvolvimento, relações. Milhares de outras coisas podem ser motivadoras para nos impulsionar num trabalho conjunto, creio que cada um tem sua própria resposta para o que procura dentro de um grupo e tal resposta deve ser compartilhada com o grupo na medida do que se sinta à vontade, para que como indivíduos nós podemos exercer o respeito para os limites alheios e também moldar o grupo para deixá-lo de acordo com os interesses de todos.

5 – O silêncio – é de total necessidade não falarmos a respeito das práticas realizadas e muito menos das experiências compartilhadas dentro do grupo, pois isso cria um ambiente de confiança mútua, liberando-nos a ponto de podermos compartilhar com os membros do grupo quaisquer experiências que possamos ter. Confiança é a base de um relacionamento saudável e sincero.




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