Enquanto o sol toca o corpo e os carros passam correndo para não sei onde, talvez um sopro de sabedoria existisse na senhora que me dizia para aproveitar o dia. Algo como caos, algo como não sei, algo de primitivo me fez desejar o sorriso amarelo daquela que mesmo nunca tendo me visto sorria por me ver aproveitando-me da luz solar. Apolo dançando drum’n’bass numa velha Avenida de São Paulo.
Alameda que leva para não sei onde, que me faz encontrar com não sei quem, para fazermos não sei o quê. O que importa? Quando o sorriso dura apenas um segundo e as pessoas se compadecem das lágrimas que derramo por causa da minha alergia, tudo que eu posso ver é Apolo dançando naquela avenida.
Toda uma madrugada revendo a vida, uma saudação bem vinda de uma velha amiga, tudo se ajeitando de uma forma incrivelmente aleatória, a dança do caos no espetáculo da aurora. Não somente o pouco de calor que o sol me presenteou, mas algo como Sigrfrida sendo despertada para viver (a vida?).
E Morrissey cantando (uma verdade?)... E quando você quer viver. Como começar? Para onde você deve ir? Quem você deve conhecer? Bem, eu concordei com isso por certo tempo, mas de repente e tão de repente, acho que ele se enganou. E eu me enganei, fiz o que não sei e o que sabia não fazia...
O agora.
Para viver basta inspirar.
Inspirar...
E o que me inspira? O ar? A luz? O sol? O calor? O dia?
Alguém falou em conhecer? Alguém falou em saber?
Alguém? Conhecer?
E se tudo já estivesse aqui antes, o que realmente haveria de novo? E se tudo já estivesse aqui antes e eu o percebesse completamente diferente só por um instante? E se tudo fosse Apolo dançando na avenida? Sigfrida despertando para viver o dia...
Sigrfrida? Nome de alguma personagem da Mitlogia Nórdica?
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